Estive pensando. Vcs não sabem nada sobre mim. Esse post iria falar sobre dor e tudo o mais mas vcs não entenderiam. Seria preciso explicar tudo, voltar ao passado.
Não tenho mais um melhor amigo. Não no sentido de “agora tenho vários” mas no sentido de “agora não tenho mais Meu melhor amigo”. Por que? Isso necessita de regressão.
Acho que o início foi a separação dos meus pais. Não sei, talvez seja uma coisa do meu subconsciente, talvez eu tenha pensado que meu pai tinha ido embora por que eu não era muito próxima dele. Tanto faz.
Depois que ele foi embora, eu comecei a andar mais com os garotos. Foi aí que começou a maldição. Não estou me gabando nem nada mas os meus melhores amigos (os 3) gostavam de mim quando a gente tinha 9 anos de idade. Mas a gente não falava muito nisso.
Então eu fiz outro melhor amigo. E ele se declarou pra mim. Isso foi a gota d’água. Eu fiz o que acho que fazemos de melhor: fugi.
Sexta série, vida nova, maldição nova. A sexta série foi o início de tudo. Foi nela que descobri a alegria de se apaixonar por um cara errado. Era perfeito. Eu não precisava fugir porque os caras errados fugiam. Á prova de falhas.
Sétima série. Descobri que eu e Lucy Sullivan tínhamos muito em comum (embora eu só viesse a conhecê-la 3 anos depois). Ambas tínhamos um fraco por pessoas dependentes. Sabe, eu passei a minha vida toda ouvindo pessoas me perguntarem se eu estava bem. Pessoas cochichando coisas sobre a separação dos meus pais e outras idiotices. Pessoas que me arrumariam problemas psicológicos apenas por ler livros demais. Eu passei minha vida sendo rotulada como dependente. Encontrar um cara que precisava de mim foi o Nirvana.
Oitava série? Aprendi que ser humilhada, chutada, machucada nunca era o bastante pra mim.
Primeiro ano. Pedro. Não me lembro como era, se era bom. O Pedro era tão diferente, tão independente que parecia ideal. Eu realmente não me lembro da sensação de estar com ele e tudo o mais. Mas não deve ter sido muito emocionante porque depois que passou eu não gostei de mais ninguém o bastante. Depois dele veio o que eu chamo de controle.
Se eu começo a tremer perto de um garoto eu me concentro e paro. Eu gosto de garotos por algumas horas, minutos, dias. Não mais que isso. Posso me apaixonar por um cara em 20 segundos e me desapaixonar em 2.
Com o “controle” veio o Jim. E a promessa de uma vida perfeita. Amigo, sem garotos, sem idiotices.
E foi bem legal. Encontrei coragem pra fazer muitas coisas tipo kamikaze, me declarar, falar o que eu pensava pras pessoas, rejeitar. Awesome.
Mas aí eu briguei com ele. Acho que eu já queria fazer isso há um tempo. E também acho que paguei a ele na mesma moeda. Ele usou uma mentira pra distorcer a coisa mais idiota do mundo que meio que fazia todo sentido. E eu usei a mesma mentira que ele pra desfocar a pior coisa que ele poderia ter feito comigo. Será que eu sou a única idiota que brinca de “E se?”?.
E sabe o que foi melhor essa noite? O sorriso da Natália, é claro. Mas, fora isso, a respiração do Pedro. Embora eu não sinta nada por ele nem ele por mim, acho que foi providencial estarmos juntos. Talvez ele não estivesse tão destruído quanto eu mas a respiração dele me fazia sentir que alguém ali era solidário ao que eu sentia. E toda a raiva e frustração que eu sentia se transformava em ar quando eu estava com ele.
Toda a raiva, a mágoa enormee e todas as coisas ruins meio que se misturaram ao gelo seco e agora devem estar sendo absorvidas pelas pobres árvores.
E pensar no Pedro como Spencer e dançar sobre as luzes verdes, rir com o Tiago, ver o Diego e a Tally, rir com a Érica, o Túlio, a Manu, a Fafá, o Lucas; dançar com o Caio, com o Lucas e com o Pedro; todas essas coisas me pareceram mais importantes. Simplesmente porque não há nada que eu possa dizer pro Jim. Sou como ele. Nosso estilo “corra, Lola, corra” é inegável. Sempre vamos acabar correndo disso tudo mesmo. Por que eu estou tentando se o mais fácil é correr pro lado oposto?
Bons tempos. Vou sentir falta das piadas. Por um tempo. Ou não.
Espero que ele devolva meu caderno de biologia e meu filme. Ai my God! Será q ele vai querer o filme que ele me deu de volta? X.X
Bem capaz.
Espero que tenham entendido o título.
Uma ode a um ex melhor amigo? Oks. Então, aleatoriamente.
1. Como o mundo o vê? Bom, de acordo com a minha interpretação de Over my head (the fray) o mundo te vê como uma coisa a parte, diferente, fora do lugar comum.
2. Como o futuro dele vai ser? Selvagem. De acordo com Youth gone wild (skid row)
3. O que ele deveria fazer com a vida dele? Ele tem vocação pra ser mau. De acordo com “malas intenciones” (erik rubin).
4. Como ele vai ser lembrado? Relaxante, embora agitado. Exótico, irreal, encantador. Como a música que o Lestat toca no violino em "Queen of damned"
5. Qual é a trilha sonora atual dele? Take it all away, Ryan Cabrera (devolvo ela pra vc, Jim. Não tem mais nada a ver comigo)
6. Qual é a canção que eu danço melhor? I feel it all, Feist. (coincidência?)
7. O que vai ser tocado no funeral dele? Perfect wolrd, Peter Cetera.
8. Como sua semana vai ser?Previsível e nada solitária embora talvez vc fique meio perdido e encurralado (de acordo com Wiseman – James blunt)
9. Um bom conselho pra ele? Pare de fugir e fique. Conselho do maroon 5 em Sunday morning
10. O q o mundo cantou qdo ele nasceu? Shut your eyes – Shut oud louds.
done.
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