Alguns de vocês, leitores imaginários, provavelmente se perguntaram o que houve. Com minhas paixões instantâneas e todo o resto. Ou talvez nem tenham se preocupado, talvez tenham continuado vivendo suas vidinhas que não ousarei chamar medíocres, posto que a minha também não é grande coisa, e ouvido mais do que o silêncio que é tudo o que me resta - sem música = tédio -.
O que aconteceu foi o que eu previa. Não posso culpar minhas influências, nem mesmo culpar o retorno de minha velha amiga por isso. Bebi. Comecei com o Martini e terminei com Uísque. E não me arrependo disso, precisava disso. Tinha me esquecido da sensação de estar queimando por dentro, da sensação de estar sendo apagada aos pouquinhos... Não se preocupem, não vou voltar a urinar em telhados alheios apenas porque bebi um pouquinho aqui e ali.
Sabem do que estou cansada hoje? De nunca me deixar levar. De lutar pra não ser arrastadas por essas correntes loucas de amor livre, homossexualidade e ódio. Dane-se eu, dane-se você falso moralista. Se podemos fazer o que queremos, pra quê tantas barreiras mentais? Quero mais é transbordar e me juntar às outras correntes - filosóficas ou não -, deixar que Annabelle me leve pela mão e me mostre o mundo que eu conheci e de onde jamais deveria ser saído.
Você pode me entender, sem esforço algum, é só que estou cansada de ouvir as peripécias de outros e apenas sorrir;
de sentir cheiros dos quais desisti apenas por um moralismo que nem sequer possuo;
de amar e esperar algo em troca, pra quê, minha mosca?! Se não pertencemos nem a nos mesmos?;
de ter medo de sair e de sorrir, de ter medo de errar e nao ser amado por ninguém;
e, principalmente, estou cansada de nunca ter algo a dizer que já não tenha dito milhões de vezes.
June pode ter dito tudo que estou dizendo, mas aposto que ela não teve a mesma convicção que eu.
E, aposto que ela também não tinha que ser anfitriã de uma festa de arromba pré prova como eu. ;D
23 dias para a festa e contando...