De mãos dadas, Lily e eu enfrentamos a morte incontáveis vezes. Nesse mesmo vagão escuro e fétido onde a morte, ela mesma, assopra em nossas narinas, transformando-nos em carne podre, vermes, pó e pêlos.
O vagão pára e ELES entram e saem e caem. E isso acontece de novo e de novo.
Nossos monstros não têm rosto, no escuro são todos iguais. Se vão embora, derrotados, e voltam, nos confundem de novo.
Partes de um corpo só. Não sinto seus cheiros, mas Lily não os escuta como eu. Nós os vemos e os esquecemos, com a mesma freqüência com que expiramos. Não podemos gritar. Estamos eternamente amordaçadas.
Tudo o que podemos fazer é dar as mãos uma a outra. Esperar que entrem, saiam, caiam.
Muitas vezes o homem a viu. Muitas vezes a teve junto de si. Pois o homem, desventurado leitor, o homem criou a morte, disse Keats.
2 comentários:
Deu pra notar q eu amo a lil =)
¬¬ Dá pra notar q eu odeio a Lily
olha maligníssimo hhsaiuhsiuhieshlkjhdhiuabujdh
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