Se eu pudesse escolher um punhado de bons momentos pra repetir, não escolheria nenhum que realmente tenha acontecido. Não faria nenhum sentido.
Me fizeram essa pergunta no vil formspring - 'quais momentos da sua vida você repetiria?' -. Depende do dia, óbvio, mas hoje
Repetiria um beijo que eu não dei;
Um abraço que eu não dei no meu avô;
Uma noite em que não dormi;
Um tapa que não dei - é, teria sido bom -
muitas coisas, muitas coisas.
mas, principalmente, um pensamento que dá e passa e fica à espreita.
Eu pularia naquele lago, seminua. Apesar das bactérias, apesar dos meus defeitos. Apesar das coisas passadas, McCandless - que passa e não passa -, apesar do mundo, pularia.
Pularia pra me secar sentada na grama sob as estrelas e observar ele - ainda sem nome - rir e franzir a testa.
Pularia por mim, por ele e pela vida que nasce na água, pela morte na água, por cada idéia confusa que nasce na cabeça d'água e deságua naquela água na qual eu pularia, água suja feito esgoto.
Escoadouro de pensamentos, merda e amores candangos.
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