"É assim que funciona. Duas vezes e ele é seu. Acha que consegue?"
Solto as mãos dos meus pais de fotografia e subo no carrossel gigante. Bem, talvez seja gigante. Talvez eu seja pequena.
Meu pai de verdade gira, tonto, sentado em seu cavalinho branco.
E as outras pessoas giram, cada vez mais rápido.
Uma garota abre um livro e pode descer do carrossel.
- Qual é o seu nome? - me pergunta uma garota, antes de descer.
O pessoal sem rosto na pista central brinca feliz da vida.
Eles descem e sobem o tempo todo e o carrossel para e volta a girar tantas vezes...
Quero vomitar, quero descer. Não é mais tão divertido quanto costumava ser.
Mas há uma fileira infinita a ser desocupada antes.
Então eu giro e giro e giro, torcendo pra que a energia acabe, antes que eu suje tudo ao meu redor.
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