Imagem por Photodotty
Nos fins de semana, pessoas saem. Eu ando de ônibus por 3 horas. Nos fins de semana, pessoas se divertem. Eu também. Jogo The Sims.
E, na segunda, eles falam e riem de forma tonitruante e afetada sobre as coisas que fizeram e eu não pude fazer.
Era assim antes e é assim agora. O mesmo sentimento de não pertencer a lugar algum, a velha combinação inconsciente - ninguém faz esse tipo de coisa maldosa "Pra que chamar a B.?" conscientemente, não é? -
O afastamento gradual. Eu acho que poderia me esforçar pra fazer parte de algo. Mas eu já tentei antes.
As pessoas talvez não saibam mas perder amigos é muito pior do que corações partidos. Não há pote de sorvete que dê jeito, não se substitui um amigo simplesmente encontrando outro - de minha parte, ao menos -.
Então, me recuso, absolutamente, a me esforçar até que eu encontre um lugar ao qual eu queira pertencer, um lugar em que as minhas complicações e afastamentos súbitos não me excluam mais.
Estou cansada dessas fotos das quais não faço parte e das histórias que não me são contadas. Convites que não me são feitos e daquela bolha invisível que envolve as pessoas quando me aproximo.
Quando eu penso nisso, sinto falta de ser aceita. Sinto falta de não ter que guardar segredos que fossem meus, de ser importante. Nessas horas, e apenas nessas horas, sinto falta de ser parte do Clã.
Mas a vozinha da minha cabeça me recorda do dissabores passados, dizendo "Antes só do que mal acompanhada".
E eu respondo em voz alta: "Amém".
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