Imagem por dalager
Se fôssemos mais fáceis, talvez, todos nós. Se nos importássemos menos em guardar segredos e fugir dos lugares comuns.
Se tivessemos menos medo de perder nossa individualidade - eu não gosto de aspargos, filmes de terror, sorvete de chocolate (n) -, se mentíssemos menos, se falássemos menos, se escolhêssemos menos, se tolerássemos mais, se prestássemos atenção, se escrevêssemos mais cartas e bilhetes, se mandássemos mais flores, se acordássemos mais cedo, se fôssemos como gostaríamos de ser, se tivéssemos o que queremos ter, se nossas meias estivessem limpas, se a luz se apagasse nos momentos certos, se os amigos durassem pra sempre, se queijo nunca estragasse, se Pushing Daisies não tivesse sido cancelada, se Ellen Page não tivesse sido atriz, se o Renascimento fosse perpétuo, se os livros de auto-ajuda ajudassem, se o suicídio nunca parecesse a melhor opção, se almas gêmeas existissem, se não houvesse sujeira, se ninguém passasse fome ou frio, se todo mundo adorasse musicais, se Courtney tivesse matado o Kurt, se garotos gostassem de garotas de rabo de cavalo, se todo mundo tivesse o cabelo que quisesse, se esmalte durasse mais, se ir à igreja não fosse penoso, se escrever poesia fosse perfeitamente simples e aceitável, se os continentes fossem mais próximos, se pudéssemos ir sempre até a padaria, se houvesse vgas pra todo mundo nas universidades, se doenças fossem desnecessárias, se amor fosse sempre bilateral, se amigos fossem fáceis de fazer, se Jordan Catalano gostasse de garotas comuns, se Sid não tivesse conhecido Nancy.
Mesmo assim não ficaríamos satisfeitos, porque ainda estaríamos vivos.Mesmo assim estaríamos condenados a vagar pelo labirinto de nossos próprios desejos, onde paredes são erguidas diariamente, porque somos humanos e existimos.
A diferença reside no grau de insatisfação.
A diferença reside em aceitar e esquecer seu labirinto ou caminhar por ele e descobrir o que você deseja (você tem medo de seus próprios desejos também?).
Você vem?
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