Imagem: TingTing Huang
Chuva e fogo consumindo aos poucos as árvores, as casas, as pessoas.
"É tudo meu", ele pensa, e joga mais teria sobre os cadáveres, os vivos caindo nos túmulos enquanto enterram seus mortos em covas rasas.
Caminha pelas ruas cheias de fuligem e pó dos arranha-céus caídos, desviando-se dos corpos de bebês sem rosto.
Nas poucas casas intactas, Ele põe fogo e observa-as queimar lentamente enquanto enquanto espera sentir algo - alegria, dor, ira...- salvar a si mesmas, com uma magnum antiga, sem prazer.
"É tudo meu", ele pensa, e sente a pulsação acelerar, as coisas adquirem significado.
Checa o garoto de olhos arregalados que anda atrás dele.
"Vai ficar tudo bem, filho.", o brilho das chamas refletido nos olhos pequenos e castanhos.
Algumas pessoas choram, outras riem enquanto ele atira em uma de cada vez, se perguntando "por que".
Eles correm , assustados, felizes, vivos.
Ele atira em todos , pega o filho no colo e caminham pelo lugar, enquanto esperam que o fogo consuma tudo.
O menino olha as próprias mãos feridas e chora.
"Não adianta pensar nisso. O que importa é que a guerra acabou. Vai brincar"
Enquanto o pai observa, o menino corre no meio dos cadáveres e da fumaça, chutando pedras, corpos e balas.
Um novo dia que chega, pensa o pai. E descansa, antes de voltar ao trabalho.
17x19 A rush of blood through the head
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