Imagem: TingTing Huang
Ele vem, no meio da noite.
Death, himself, cavalgando seu cavalo negro, feito de ilusões.
Invade os meus sonhos e nem mesmo o apanhador de sonhos pendurado na janela é capaz de contê-lo.
Eu o convido a entrar, mesmo sabendo que preciso acordar cedo.
Mesmo exausta,
mesmo que me sinta estúpida
e envergonhada.
Ele sabe, você não acha?
E, mesmo assim, ele entra no meu cérebro como se fosse o dono do lugar, sujando o piso, deixando marcas de pés e mordidas, morte celular,
ressuscitando sinapses há muito desconectadas.
Eu finjo que vou trancá-lo pra fora.
Mas, novamente, eu o convido a entrar, como se convida um vampiro.
Só que o vampiro sou eu, que te convido a entrar na prisão que é a minha cabeça.
De novo,
e de novo,
até o sangue chegar.
0 comentários:
Postar um comentário