Imagem: TingTing Huang
E assim acaba, ao menos pra mim, Abril.
Eu não tô apaixonada.
Não foi empate, e ninguém venceu.
Não teve jogo.
Eu tô pronta? Talvez.
Gosto de pensar que sim.
Que superei de vez, cheguei sã e salva na praia.
E trouxe ele comigo, pra ficar são e salvo, seguir seu caminho, longe do meu.
Mas, ao invés de andar, me bateu uma vontade imensa de sentar olhar o pôr do sol.
Já passei daquela fase, já não quero mais correr com as coisas, quero o que eu quiser, no meu tempo, do melhor jeito possível.
Eu quero conhecer as pessoas sem ter que conhecê-las. Sem usar desculpas, não é que tô de coração partido. É que não quero mesmo acordar com ninguém.
Eu quero esse silêncio, exatamente esse.
Dos dedos correndo pelo teclado, Isbells tocando alto, sem precisar de fones.
O sofá e a possibilidade de ler.
Eu gosto de gente, de beijo, de passar a mão nos cabelos.
Mas gosto mais disso.
E tinha me esquecido como era bom.
Ainda quero aquele namoro de propaganda, a luz do sol batendo e descobrindo a pele, pedaço por pedaço.
Mas não tenho pressa.
Achei que tivesse, o coração pulando pela boca o dia todo.
Mas aí eu te vi. Sentado, olhando o celular, à espera, iluminado pelas luzes lindas, pela lua linda, cheirando a Brasília.
E eu soube, de uma maneira triste e natural,
que eu quero ficar só.
Mas não dei meia volta e fui pra casa. Não faço mais isso.
Segui em frente, toquei seu rosto.
Eu não tenho medo.
O que tiver que ser,
que seja.
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