- Pai, quero ser escritora.
MAS
- Mãe?
- Sim?
Eu sou tão pequena,
sei tão pouco.
E tudo o que eu fiz, o quanto ela sofreu, etc?
Compensação.
E todas aquelas noites e o suor e as cicatrizas de
ambas as mulheres, nas mentes e nos corpos?
E ele foi embora (Graças a Deus?)
Agora falta tão pouco e eu a amo tanto apesar
dos ladrões que nos roubaram tempo e sorrisos.
Eu a amo mais do que a mim mesma e amo a todos
mais do que a mim mesma
e porque e como não sei quem sou.
Por ela, faria isso mil vezes, aceitando as consequências da carga, da infelicidade.
Porque faço meu trabalho com amor, é parte de quem acho que sou.
Altruísta, teoricamente e, ainda assim, egocêntrica.
Mil vezes, se necessário. Não devo tanto
a mais ninguém.
- Sim, B.?
- Deixa pra lá.
São só meus sonhos.
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