Imagem: fabbriciuse
Ela está me chamando, minha Mãe. Está me chamando para a realidade.
Eu digo que não quero ir, fico agarrando as pernas da mesa, puxo as cortinas. Chuto, belisco, arranho seus braços magros-gordos.
Ela me pega no colo e me dá leite escuro, quase cor de sangue.
Abre minha boca e derrama pó sob minha língua.
Canta em um dialeto mais antigo que a vida.
Eu não sou forte o suficiente. Mãe, não sou grande o suficiente, não sou suficiente...
Ainda assim, vou voltar pra casa, eventualmente.
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