Imagem: yourbartender
- Aquiles, não vá à guerra.
Eu pedi, implorei, ameacei: ele foi, embora não existisse destino.
Levou meu Pátroclo, com sua armadura vermelha e suas botas reluzentes, armado com seu soco inglês e sua faca de caça.
- Aquiles, não vá à guerra - ainda uma última vez.
Voltaram tarde, eu não tinha dormido.
Voltou com a boca cortada, beijos com gosto de sangue, o supercílio sujo e ralado: Vivo.
Eu não dedico pensamentos aos outros, eu não penso em mais nada que não seja a junção dessas letras: V I V O.
"Mas até quando?", vem chegando devagar, nas pontas dos pés e me encontra dormindo no chão, segura nos meus sonhos, onde ele não pode me alcançar.
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