Disse pra Laura que nunca mais vou amar ninguém. Ela não acredita, é claro, diz que é impossível. Mas eu bem sei que ela nunca amou ninguém, e nem vai.
Sei, mas não disse na hora porque, numa comparação de motivos, Laura teria uma vitória esmagadora.
"Você sempre amou tanto...", ela diz, "e tanta gente"
"Por isso mesmo. Já chega. Não quero mais", digo.
Ela me beija a bochecha antes de ir embora e me entrega um post it verde.
"Descanse, concentre-se e volte a ser como antes, ok?".
Tranco a porta e leio o post-it pra encontrar uma pergunta que já respondemos um bilhão de vezes sem que nossas respostas mudassem.
"Você prefere amar ou ser amada?
(B) Amar
(L) Ser amada"
Sorrio. Só preciso de tempo. Tudo vai voltar a ser como antes.
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