Imagem: TingTing Huang
Nos confins do labirinto do inconsciente, você se senta - nunca nu, mas nunca vestido -, num tapete sem cor, sala sem cheiro, sua boca sem gosto,
vulto, sombra, emoção malfeita do deus do inconsciente, você se senta no trono do Id, soturno, divino, sagrado, silencioso, banal.
Hoje, como em todos os dias, vim te matar, vim te sacrificar nos altares do ego, me banhar no seu sangue, comer a sua carne e me livrar da sua memória rarefeita, dessa sombra imaculada - ou maculada pela falta da ignorância infantil, não sei.
Você, blasé, deita-se sobre a pira e espera, espera, espera.
Eu, sem forças, nem consigo erguer o punhal, que pesa toneladas.
Cada vez mais pesado, feito as minhas pernas após a batalha,
0 comentários:
Postar um comentário