Imagem: Iman
Como é vulgar a paixão!
Todas essas palavras e vontades de conversas sussurradas, essa falta que se sente e não se sabe de quê, essas reviravoltas no estômago.
E as palavras! As expressões! O amor torna a posse vulgar, os vocativos, as metáforas.
Os movimentos, os silêncios.
Aquela espera por alguém que nunca chega e os olhares famintos para as mesmas direções.
A fome e a sede, até mesmo o jejum e as orações noturnas (que começam ou terminam com pedidos pra ele - jamais por ele, sem exageros)
O corpo se torna mais vulgar, as unhas, os ossos e as veias. E os joelhos, céus, os joelhos! (nem me fale deles...)
As risadas, a voz, o pó compacto e os sutiãs.
O jeito como se cozinha e se descasca uma fruta.
Urinar e escovar os dentes e subir as escadas.
E a genética e os logaritmos e a velocidade das reações. E a corrente e a ddp se tornam mensagens subliminares.
O mundo todo percebe, a vida caminha diferente. Então, como ousa, Otto, como ousa não me notar?
11x12 Paixão e outras vulgaridades
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