Imagem: TingTing Huang
Começa devagar.
Experimento, uma vez aqui e outra ali.
É repentina a perda de controle, até demoro a perceber o que acontece.
De um dia para o o outro, começo a pensar em você o tempo inteiro, o dia inteiro, toda hora.
Já não consigo mais pensar, não consigo me concentrar.
Penso em você enquanto dirijo, enquanto despelo uma laranja, etc etc.
Eu tento parar, tantas e tantas vezes.
Na primeira semana, quando você partiu meu coração pela primeira vez.
E depois, e depois, e depois.
Sinto um desejo incontrolável, súbito e intenso, marcante, como se você fosse o único do mundo, o último.
E, quando você vai embora, tento preencher o seu espaço como se uma cratera se abrisse no lugar onde você esteve antes.
Sinto dor, taquicardia, ansiedade, carência, medo e tristeza, tudo junto, ao mesmo tempo, no mesmo lugar.
Mas a pior parte mesmo é precisar sempre de mais.
Eu quero sempre mais.
Eu quero mais de você, eu quero mais que isso, eu quero muito muito mais do que isso.
E, quando conseguir, vou querer muito mais do que você me der.
Cada vez mais, até te destruir por inteiro, até te devorar.
Até me destruir, por completo.
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