Imagem: Violet Kashi
Dois meses atrás, tudo era tão diferente. Havia toda uma vida pela frente, livre e feliz.
Agora, apenas falha e fracasso, submissão e submissão.
Antes a lembrança de McCandless conseguia me fazer ficar zonza e eufórica. Quando será que a mesma lembrança começou a me despertar um gosto amargo na boca e uma reviravolta no estômago vazio?
Eu faria qualquer coisa por ele. Agora tenho que insistir comigo mesma que não devo me arrepender de tê-lo conhecido.
Não se trata do que aconteceu, de como agi submissamente, também, ou de McCandless ele mesmo. É sobre o que não sabia antes, sobre o que ainda não sei, sobre quem devo ser. É o que me faz querer vomitar tudo dele que há em mim, me desintegrar.
Comicamente, McCandless era meu escape de quem eu deveria ser e é o que me impede de ser quem decidi ser.
O velho caso da comunista soviética viciada em Coca-Cola e do padre que joga runas antes de rezar a missa.
O caso da nazista que beijou o judeu.
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