Imagem: Messy! "Away Again"
Às vezes parece simples. Não é.
"Eu nem me lembro do seu rosto ou do som da sua voz - mas me lembro que fazia cócegas nos ouvidos -, não me lembro de nada interessante que tenha dito - eu ou ele - ou de como seus braços eram. Mas não posso deixá-lo ir.
Não é só sobre gostar de quem não tem rosto. Não é sobre ele ou sobre mim. É maior e mais simbólico, entenda.
É sobre meninos crescendo e o barulho da chuva sussurrando em latim. É sobre padres e prisões. Sobre poços e uniformes. Sobre meu bisavô e o dele, você não entenderia.
Não posso deixá-lo ir porque uma garota me beijou como uma garota e foi embora sem dizer se voltaria.
Não posso deixá-lo ir porque eu nunca fui beijada pelo garoto que deveria ter me beijado.
Não posso deixálo ir porque ele não me deu nada em troca.", disse o Diabo à donzela, "eu não posso deixar seu namorado ir".
A donzela, com seus olhos amarelos e verdes como um dia verde, me estende a mão e sorri, concordando.
Há mais nela do que há em mim, eu sei.
Qualitativamente, não quantitativamente.
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