Imagem: TingTing Huang
Eu não preciso de você.
E você não precisa de mim.
É estranho saber disso e, ainda assim, ignorar esse fato.
Dormimos juntos, e eu me sentia bem. Segura.
Brigávamos, e eu me sentia mal. Triste.
Éramos intensos, confusos, desencontrados.
A match made in heaven.
Signos opostos, perfeitamente opostos,
se olhando dos dois extremos do zodíaco, se desentendendo sobre opiniões idênticas.
Experimentando a crueldade que é quando você se apaixona por alguém que é tão certo que não pode dar certo.
Eu amo você.
Mas eu não amo mais a maneira como a gente se sentia.
Nem você, eu suponho.
Eu não amo mais a sua capacidade de argumentar,
eu não te acho mais maduro, só infantil, feito um menino bravo que adora ser "do contra".
Eu não amo mais o seu cheiro.
O seu rosto.
Eu não amo mais quando você me faz sentir bem,
ou quando me faz sentir insegura.
Não amo mais a sua liberdade,
e a maneira como você consegue não levar a sério as coisas que eu levo.
Eu amo sua companhia.
E estive confusa,
estive pensando que você era a cura pra essa minha doença de não conseguir me interessar por ninguém.
Estive pensando que a gente daria certo.
Estive achando que você seria corajoso o bastante pra me dizer que sim,
pra me dizer que não.
Eu estive te reconstruindo, repintando, refazendo
na minha cabeça,
Mas nunca ficava bom o bastante,
nunca ficava parecido o suficiente,
com aquele meu amor de antes,
com a pessoa com quem eu me deitava no carro
enquanto rezava pro tempo parar.
Nunca ficava igual.
E o problema não era você,
era eu,
percebi
que nunca ficaria igual,
porque eu não era a mesma.
Eu estou mais forte,
menos propensa a aceitar que você seja o gêmeo dominante,
eu não quero mais viver em simbiose,
nem me enxergar em você.
Não quero a nossa segurança,
nem a nossa intensidade,
eu não sei o que eu quero direito.
E eu sinto muito,
por ter te colocado nessa posição.
Mas não sinto muito.
Eu disse o que pensava,
o que pensava que sentia.
Eu tive a coragem
de dizer.
Espero ter de novo,
caso precise,
em breve.
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