Imagem: TingTing Huang
Tô tentando.
Você vai embora, mas tô feliz porque você veio, porque você volta.
Trabalho, chego cansada, mas tô feliz porque ajudei alguém.
Dia pouco produtivo, mas estudei tanto!
Morrendo de medo, mas penso positivo.
Você dorme cedo demais, e eu tô feliz por poder ver.
A voz me diz coisas ruins, mas eu não posso ouvir, não hoje.
Eu leio, estudo, trabalho, me isolo do ruído da minha própria mente,
eu não sei jogar o jogo, mas posso aprender.
Vou aprender.
Você chega tarde, no meio da noite, vindo do seu mundo imaginário e me encontra triste, profundamente infeliz, me puxa pra cima e tenta me tirar dessas águas rasas e escuras, mas eu não me mexo.
Eu não me mexo, eu não quero.
Mas eu quero.
Eu quero.
Faço um esforço descomunal e nado com força, pra cima, respiro fundo, ar limpo,
e me concentro no que é bom.
Tem você, é.
Mas não só você.
Tem um mundo inteiro de coisas embotadas, meus amigos, meus livros.
Tanta coisa.
Que eu só consigo tocar por detrás de um tecido espesso.
Mas que eu ainda posso tocar.
Eu ainda posso tocar.
E espero que isso seja suficiente pra me ajudar a jogar o jogo.
É melhor do que não poder.
(E, com isso, eu já estou jogando)
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