Imagem: TingTing Huang
Uau, foi quase.
Eu quase gostei de você de novo.
Estava sentada no sofá, dando risada a não mais poder, lembrando de como era fácil, esquecendo de como era difícil.
De como era boa essa conexão,
de como era boa essa segurança,
de como eu me sentia incrível, invencível.
Aquela sensação boa de ---
Boa de sentir.
Mas ei, B. É só lembrança, aquela confusão agradável de realidades, como quando se olha pela janela do metrô e não se sabe bem qual dos dois cenários é o real.
Lavei o cabelo, pensei em você.
Enquanto estudava,
quando comi castanhas,
e quando calcei meus chinelos.
E foi bom.
Muito bom, mas não é real.
E o único jeito de demonstrar, o único jeito de aprender a desamar é pela pedra.
Fui ver, fui lá ver com meus próprios olhos o que andei evitando, o que todo mundo já viu, todo mundo já sabe, todo mundo já riu da ironia, todo mundo já sentiu pena, o coração apertar no peito ou o alívio de quem só queria mesmo é que você fosse feliz,
Fui lá ver que eu sou a única que não esqueceu.
Puta tolice, a dor foi tão grande e intensa, tão maior do que a de colocar um elástico no pulso, esticar o máximo possível e soltar,
mas tão igual.
Que eu vou usar um por aí, pra puxar toda a vez que eu pensar em você,
pra ver se você passa a doer no corpo
e para de doer na alma.
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