Eu sei, a gente não vai se casar.
Mas eu gosto aqui, eu gosto agora e não quero que essa noite acabe.
Pegue na minha mão, vamos ao mercado comprar frutas, eu te ensino uns truques.
Vamos dirigir por aí pra ver as luzes,
você quer ver o nascer do sol?
Eu não sei que coisa é essa que você tem que me dá vontade de descer as escadas correndo e nunca querer entender quase nada do que você diz, eu só quero não ir embora agora.
Eu quero me atrasar pra todos os compromissos importantes,
e te contar a minha vida toda,
ou pelo menos as partes que importam.
Quando eu voltar pra casa, quero te mandar mensagens pra saber se você chegou bem,
eu quero me comunicar com você por sinais de fumaça e telepatia (e é, agora você já sabe que é de você que eu tô falando)
e quero te explicar que meus tremores súbitos são o jeito do meu corpo dizer que tô sentindo algo que não consigo explicar pra mim mesma.
Você me dá vontade de usar camisetas folgadas e sair no domingo à tarde.
Mas isso não quer dizer nada, é Vênus retrógrado (e você não acredita nessas coisas, eu suponho)
minha alma escorre a torto e à direito, eu tô doente
eu tô com essa vontade maluca de fazer algo burro
e você só está no lugar errado, na hora errada, com a pessoa mais errada do universo.
E tudo bem,
não precisa significar nada,
nada mesmo.
Só tô com essa vontade de descer do carro e te dizer pra parar,
vamos pra outro lugar
e outro
e outro
e outro
só hoje, só vamos visitar todos os lugares com e sem significado e contar histórias que não fazem sentido (ou que fazem sentido demais) e você pode explicar essas coisas enquanto eu tento pensar em algo legal pra dizer, que nunca sai do jeito como eu queria que saísse
Sei lá, é só uma ideia
sobre a qual você nunca vai saber
porque sou só eu tentando te tirar dos eixos,
te puxar pra um canto escuro e distante da sua vida certinha
só pra ver o que acontece.
Vou guardar esses devaneios aqui e,
se você quiser saber sobre eles,
vai ter que ler meus pensamentos.
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