Imagem: TingTing Huang
- Oi
- Oi
Alto e claro, demonstro um desinteresse que não sinto, mesclado com uma gotinha só do interesse que sinto de verdade, 1 gotinha por minuto, diluída em um mar de desinteresse falso.
Minhas pernas viram geléia quando você me abraça.
Me pergunta se tô bem, eu não sei o que responder, digo que sim, e você.
Aqui é o mundo real, eu sinto medo do que vem depois, mas conto com outros subterfúgios, meu corpo, meu cheiro, a proximidade da tua boca do meu ouvido.
Sinto falta da sua boca e dói de leve cada vez que você se afasta.
Você diz que a gente se vê, eu congelo por dentro, mas tento bancar a desinteressada, digo "ok".
Mas não é ok.
Me dá a mão, vamos sair daqui e conversar em um lugar onde eu posso te ouvir falar da vida, me explica o que houve, me beija.
Mas não posso demonstrar isso, posso?
Não, eu fico no "ok", vou fingir não te procurar com os olhos, fingir não estar à espera, não estou, não quero estar.
Você vai se afastando devagarinho e eu podia dar de ombros, eu podia deixar pra lá. Mas eu me cansei de jogos, dicas, testes, teorias, quero um amor sem regras, erro e acerto, quero menos mentiras, ligar no dia seguinte sem que pareça que eu sou uma psicopata, pra dizer que gostei.
Faço menção de dizer a você o que tá entalado aqui dentro, homem, eu ando na sua direção, 1,2,3 passos e, a cada um deles, a coragem diminui, duvido do que sinto, do que você sente, será que vale a pena, me sinto meio boba e, quando finalmente me aproximo,
você sorri,
eu sorrio
e desvio meu caminho para a direção do banheiro mais próximo,
onde vou lavar as mãos de todas essas ideias terríveis
e fingir que nada aconteceu.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário