Imagem: TingTing Huang
N.A.: Escrito em uma noite de chuva, depois de uma puta bebedeira, a leitura de certas mensagens sem sentido e mais do mesmo.
Pra que serve um coração?
Quem diz que é bom?
Ela parte meu coração todos os dias, dezenas de vezes. O meu, e também o dela.
Fala com ele a se inclinar, a voz muda, as mãos suam: ela derrete.
Mas ele não.
Já dizia Pégaso, "ninguém é obrigado a gostar", frase dura, levei pra vida, percebo.
Ninguém é obrigado a ser.
Acho bonito o meu pensar e repito para o coração partido ao lado, ela derrete, a quilômetros de distância.
Ele não.
Todo mundo morto, todo mundo perdido.
De que me serve isso?
Isso não é o que eu quero
(é o que eu quero)
mas não é o que eu preciso,
coração partido e bordô,
que me dá vontade de comê-lo.
É o que eu quero,
não o que preciso.
Eu não preciso ser dilacerada diariamente, das formas mais vis (porque não intencionais, eu acho),
eu não preciso,
mas eu quero.
E, mesmo sendo capaz de compreender,
de aceitar,
cada sombra me traz sobressalto,
cada passo me traz esperança.
Fui Alice,
e não no bom sentido.
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