Imagem: TingTing Huang
"Eu não sei amar pela metade", diz minha amiga.
Ela canta minhas dores, as dores dela.
E eu sinto uma vontade curta, breve, de ser amada.
Mas é uma vontade muito pequena, quando comparada à falta que sinto de você.
Estranho.
Eu sou uma romântica.
Incurável.
Eu quero o drama. Quero o incerto, o inseguro, o impossível.
O acidental, a dor no peito.
Invadir espaços e descobrir segredos.
Eu não teria te amado tanto
se você fosse fácil.
Eu sou uma romântica.
Incurável.
Mesmo assim, ninguém nunca me acendeu velas.
Nem me comprou flores.
Sem atos grandiosos, não bateram na minha porta no meio da noite,
nem me beijaram na chuva.
Não me deram estrelas.
Reclamo, sem reclamar.
Eu sou uma romântica.
Incurável.
Já me levaram pra jantar.
E vieram me buscar pra ir ao cinema.
Já vieram, no meio da noite, ter longas conversas.
E até já me escreveram cartas, já voltaram por minha causa.
Eu sou uma romântica,
não sei amar pela metade.
Sinto ciúmes, e tristeza,
sou capaz de amar muito muito, tanto,
acender velas, comprar flores, beijar na chuva e bater na porta no meio da noite.
Eu escrevo cartas,
e histórias,
fujo no meio da noite.
Não sei amar pela metade.
Não me obrigue a amar pela metade.
Se for pra ser assim,
é melhor não ser.
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